Domingo, último dia do feriado prolongado, estava a fim de um passeio pela cidade, pois geralmente domingo é um dia ruim para pegar estradas devido a irresponsabilidade de vários motoristas alcoolizados, apressados etc. Além disso, andar de bicicleta pela cidade é uma ótima maneira de você conhecer lugares novos, observar as mudanças paisagísticas e revisitar lugares que há tempos não frequentava.
Foi com esse objetivo que eu e o Ivan Mendes resolvemos fazer o que muitos ciclistas da cidade chamam de Pedal Interparques, quer dizer, visitar vários parques da cidade perpassando por vários bairros. O Pedal Interparques é algo muito democrático, pois você escolhe a rota, o nível, a duração e quantos parques quer visitar. Desta forma, você pode optar por fazer uma rota nível difícil seguindo por trechos com muitas subidas e parques distantes entre si, escolher rotas médias com subidas moderadas e muitas descidas ou fazer um pedal fácil com subidas leves e muitos trechos planos.
Eu e Ivan saímos 10 horas da manhã do Parque Barigui. O céu azul com poucas nuvens e um sol exuberante foi mais um elemento nos presenteando para andar pelas ruas de Curitiba. Muitas vezes um passeio revela cenários fantásticos que você não encontra em pedais na estrada ou off road, por isso é sempre bom variar.
Aquecemos nossas panturrilhas com duas voltas no Barigui e partimos sentido Parque Tingui. Pegamos um trecho da Avenida Cândido Hartmann com uma subida considerável, entramos na Nicolau José Gravina com descidas maravilhosas e pouco tempo depois estávamos no Polo Gastronômico de Santa Felicidade. Passamos por vários restaurantes que exalavam um cheiro que mesmo você estando sem fome dá vontade de entrar e se acabar de comer.
Adentramos um trecho da Manuel Ribas, seguimos em mais algumas ruas com descidas longas e já avistávamos o Parque Tingui tão bonito quanto o Parque Barigui.
No parque fica o belo rio Barigui, este rio liga três parques; Barigui, Tanguá e Tingui. Você encontra espécies diversas, as mais comuns são o frango d’água, a marreca ananaí e os estridentes sábias laranjeiras. No parque também fica o interessante Memorial Ucraniano, uma réplica de uma igreja da Ucrânia.
Percorremos o Tingui inteiro duas vezes e partimos para o Parque São Lourenço. Para chegar ao São Lourenço pegamos a Av. Fredolin Wolf que tem uma longa descida terminando na cara do parque. Do Tingui ao São Lourenço, não tem muitos segredos. Você andará pelos bairros São João e Pilarzinho até chegar ao bairro de mesmo nome. O São Lourenço é um pouco menor que os outros dois parques, o trecho para andar de bicicleta dentro do parque também é menor, mas em beleza é se iguala ao Barigui e Tingui. Você ainda tem a opção de visitar a Ópera de Arame que fica ao lado.
Quando você estiver no Parque São Lourenço pegue a ciclovia sentido Centro da cidade e dê uma parada na Bike tour comandada pela lenda do cicloturismo de Curitiba - O senhor Américo.
José Américo dos Reis praticamente inaugurou o cicloturismo em Curitiba, ensinou muita gente que hoje é líder de grupos de pedal da cidade. Já na década de 60 estava em cima de uma magrela, isto rende muitas histórias engraçadas e curiosas. A bike tour, sua oficina, escola e loja de bicicletas, funciona aos domingos e lá o simpático Américo oferece água gelada, frutas e livros. Tudo isso gratuito. Você também pode aprender a andar de bicicleta com ele (pago), participar de viagens entre outras atividades desenvolvidas por este senhor de quase 70 anos.
Após rirmos bastante e ouvir algumas ideias singulares do Américo, partimos para o próximo parque – Passeio Público. Do Parque São Lourenço até o Passeio Público é um trecho com ciclovia plana que beira o Rio Belém no começo, depois você atravessa o pequeno e gracioso Bosque do Papa e já está muito perto do Passeio Público.
No Passeio Público, parque central e mais antigo da cidade, a rota de bicicleta é pelo lado de fora do parque. Então se você quiser entrar no parque, você precisará descer da magrela e ir empurrando. Dentro do passeio público tem um pequeno zoológico e um terrário com algumas serpentes e outros répteis, vale dar uma olhada.
Depois do Passeio Público, quase três horas de pedal, resolvemos partir para o Centro da cidade. Pegamos o Calçadão da XV, passamos pela Praça Osório e subimos sentido bairro Batel para voltar ao Parque Barigui.
Infelizmente o centro de Curitiba é um lugar um tanto deprimente, onde todo tipo de maluco, dependente químico e moradores de rua dividem espaço em esquinas, praças e becos. Dali do Centro, perpassando pelo Batel e Bigorrilho até chegar ao Parque Barigui completamos quatro horas de pedal e aproximadamente 50 km. Demos ainda mais uma volta no Parque Barigui e era hora de partir para nossas casas, mas sem antes enfrentar um subida que torrou minha panturrilha e fez eu ficar a plenos pulmões. Foi um ótimo fim de feriado prolongado seguindo nas trilhas do lobo.
Por Antonio Sevilha
Mais Parques em Curitiba
Foi com esse objetivo que eu e o Ivan Mendes resolvemos fazer o que muitos ciclistas da cidade chamam de Pedal Interparques, quer dizer, visitar vários parques da cidade perpassando por vários bairros. O Pedal Interparques é algo muito democrático, pois você escolhe a rota, o nível, a duração e quantos parques quer visitar. Desta forma, você pode optar por fazer uma rota nível difícil seguindo por trechos com muitas subidas e parques distantes entre si, escolher rotas médias com subidas moderadas e muitas descidas ou fazer um pedal fácil com subidas leves e muitos trechos planos.
Eu e Ivan saímos 10 horas da manhã do Parque Barigui. O céu azul com poucas nuvens e um sol exuberante foi mais um elemento nos presenteando para andar pelas ruas de Curitiba. Muitas vezes um passeio revela cenários fantásticos que você não encontra em pedais na estrada ou off road, por isso é sempre bom variar.
Aquecemos nossas panturrilhas com duas voltas no Barigui e partimos sentido Parque Tingui. Pegamos um trecho da Avenida Cândido Hartmann com uma subida considerável, entramos na Nicolau José Gravina com descidas maravilhosas e pouco tempo depois estávamos no Polo Gastronômico de Santa Felicidade. Passamos por vários restaurantes que exalavam um cheiro que mesmo você estando sem fome dá vontade de entrar e se acabar de comer.
Adentramos um trecho da Manuel Ribas, seguimos em mais algumas ruas com descidas longas e já avistávamos o Parque Tingui tão bonito quanto o Parque Barigui.
No parque fica o belo rio Barigui, este rio liga três parques; Barigui, Tanguá e Tingui. Você encontra espécies diversas, as mais comuns são o frango d’água, a marreca ananaí e os estridentes sábias laranjeiras. No parque também fica o interessante Memorial Ucraniano, uma réplica de uma igreja da Ucrânia.
Percorremos o Tingui inteiro duas vezes e partimos para o Parque São Lourenço. Para chegar ao São Lourenço pegamos a Av. Fredolin Wolf que tem uma longa descida terminando na cara do parque. Do Tingui ao São Lourenço, não tem muitos segredos. Você andará pelos bairros São João e Pilarzinho até chegar ao bairro de mesmo nome. O São Lourenço é um pouco menor que os outros dois parques, o trecho para andar de bicicleta dentro do parque também é menor, mas em beleza é se iguala ao Barigui e Tingui. Você ainda tem a opção de visitar a Ópera de Arame que fica ao lado.
Quando você estiver no Parque São Lourenço pegue a ciclovia sentido Centro da cidade e dê uma parada na Bike tour comandada pela lenda do cicloturismo de Curitiba - O senhor Américo.
José Américo dos Reis praticamente inaugurou o cicloturismo em Curitiba, ensinou muita gente que hoje é líder de grupos de pedal da cidade. Já na década de 60 estava em cima de uma magrela, isto rende muitas histórias engraçadas e curiosas. A bike tour, sua oficina, escola e loja de bicicletas, funciona aos domingos e lá o simpático Américo oferece água gelada, frutas e livros. Tudo isso gratuito. Você também pode aprender a andar de bicicleta com ele (pago), participar de viagens entre outras atividades desenvolvidas por este senhor de quase 70 anos.
Após rirmos bastante e ouvir algumas ideias singulares do Américo, partimos para o próximo parque – Passeio Público. Do Parque São Lourenço até o Passeio Público é um trecho com ciclovia plana que beira o Rio Belém no começo, depois você atravessa o pequeno e gracioso Bosque do Papa e já está muito perto do Passeio Público.
No Passeio Público, parque central e mais antigo da cidade, a rota de bicicleta é pelo lado de fora do parque. Então se você quiser entrar no parque, você precisará descer da magrela e ir empurrando. Dentro do passeio público tem um pequeno zoológico e um terrário com algumas serpentes e outros répteis, vale dar uma olhada.
Depois do Passeio Público, quase três horas de pedal, resolvemos partir para o Centro da cidade. Pegamos o Calçadão da XV, passamos pela Praça Osório e subimos sentido bairro Batel para voltar ao Parque Barigui.
Infelizmente o centro de Curitiba é um lugar um tanto deprimente, onde todo tipo de maluco, dependente químico e moradores de rua dividem espaço em esquinas, praças e becos. Dali do Centro, perpassando pelo Batel e Bigorrilho até chegar ao Parque Barigui completamos quatro horas de pedal e aproximadamente 50 km. Demos ainda mais uma volta no Parque Barigui e era hora de partir para nossas casas, mas sem antes enfrentar um subida que torrou minha panturrilha e fez eu ficar a plenos pulmões. Foi um ótimo fim de feriado prolongado seguindo nas trilhas do lobo.
Por Antonio Sevilha
Mais Parques em Curitiba
0 comentários:
Postar um comentário