A palavra “NÃO” foi o que Mary Sawyler mais ouviu em toda a sua
vida. “Você não pode fazer isso”, “Você não pode fazer aquilo”, “Não desperdice
o seu tempo”. Mary foi diagnosticada com diabetes tipo 1 quando tinha 13 anos
de idade no meio de seu desenvolvimento como mulher e como uma estrela do
atletismo em sua escola . Mary aprendeu a transformar o fator negativo em
inspiração para se destacar em todos os aspectos de sua vida.
“Ei,
diabetes tipo 1, duas filhas, um marido, e eu ainda consegui deixar para trás
competidores em corridas de bicicletas “, diz ela orgulhosa minutos depois de
terminar, como todos os sábados, um passeio de bicicleta de 60 milhas com o
grupo de ciclismo local, em Weston, Flórida onde ela reside. No entanto, o
treino não termina aí, é hora de verificar os
níveis de açúcar com um dispositivo que mede a glicose no sangue, que ela
sempre leva em um de seus bolsos. “Assim que eu acordo, antes de começar a
pedalar e assim que termina o treino, eu preciso medir o meu nível de açúcar no
sangue para saber o que e quanto eu preciso comer e beber para me recuperar
após a atividade. Esse é o momento em que meu corpo está mais fraco e pede
reposição de energia, ergo e carboidratos”.
Para
todos, especialmente os atletas, os níveis de energia são a chave para realizar
de forma eficaz suas
atividades físicas, principalmente se estas exigem gasto calórico excessivo,
como por exemplo, três horas em uma bicicleta. “O ponto positivo é que, com
quase 50 anos de idade, eu aprendi a compreender e entender o que preciso fazer
para realizar todas as minhas atividades diárias com segurança.” diz Mary.
O primeiro
e maior medo de qualquer ser humano que recebe o diagnóstico de diabetes, não é
somente se perguntar como irá realizar suas atividades diárias normais, mas
também como sobreviverá, especialmente aqueles que levam um estilo de vida
atlético.
“Quando
você tem 13 anos, você não sabe muito sobre muitas coisas, você é uma garota que
agora tem de lidar com os cuidados de uma vida adulta. Você entra em choque.
Você não sabe o que fazer.” Mary lembra que ela nunca temeu por seu futuro, mas
seus pais sim. “Minha mãe me proibiu de praticar esportes e imediatamente me
tirou da equipe de atletismo, ela estava em pânico, no entanto, nos meses
seguintes, depois de várias visitas a diferentes especialistas, aprendemos que
é possível levar uma vida normal, não perfeita, mas normal, e que era possível
me exercitar.” Mary ganhou uma bolsa de estudos na Universidade da Flórida e
nunca deixou o diabetes atrapalhar seus objetivos e sonhos.
“Eu tenho
conseguido tudo o que eu sonhava, continuo competindo e aproveitando a vida.
Obviamente, nem tudo é perfeito, houve vezes em que tive que ficar literalmente fora da bicicleta, na
beira do desmaio e com a sensação de que tudo estava acabando, mas mesmo assim
eu sempre tomei esses momentos como aprendizado, e eles certamente fizeram-me apreciar o fato de estar
viva”.
Mary
Sawyler é um exemplo maravilhoso do que uma pessoa com a informação e dedicação
pode fazer não só para controlar a doença, mas também para aprender a usá-la
como motivação para passar por cima de qualquer obstáculo que possa surgir.
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