
Onze horas da manhã saímos próximos da Represa do Iraí e seguimos num ritmo bom pela Avenida Dom Pedro II, uma longa descida até atravessar a BR 116. Naquele momento tínhamos a impressão que em questão de minutos tomaríamos uma chuva, mas não foi isto que aconteceu. O Sol foi forte o dia inteiro.

Após, atravessarmos a BR 116, seguimos pela Estrada Original da Graciosa, uma estrada com longas descidas, subidas e várias curvas. Senti um baque quando por volta do meio dia tive que subir um trecho de alguns quilômetros, aquilo fritou minhas costas e fui sofrendo até chegar ao trecho da Casa da Pedra, lugar genuíno onde você é acompanhado pelos gritos estridentes de Arapongas, algumas aranhas caranguejeiras e outras aves.
Como este trecho fica em mata cerrada, o clima é sempre agradável, apesar de ser bastante pedregoso não existem grandes dificuldades em percorre-lo. Dica um: existe vegetação cortante, voltei com o braço rasgado e tome cuidado com as caranguejeiras não as mate e não as deixe acabar com você. Atravesse de manga comprida e sem medo.
Quando você termina o percurso da Casa da Pedra estará bem próximo do primeiro Mirante na Estrada da Graciosa, descemos e paramos um pouco neste mirante. Porém, como o lugar não vendia cervejas e o calor forte pedia uma gelada resolvemos descer mais um pouco pela estrada procurando um ponto para podermos tomar uma gelada.

Depois do primeiro mirante, antes de chegar no segundo, existe um quiosque e foi lá que paramos. Pedimos três cervejas e comemos deliciosas coxinhas de aipim. Durante toda a descida os quiosques vendem produtos da região como cocadas, cachaça de banana, banana chips doce e salgada e uns salgadinhos de milho, entre outras coisas engordativas. Dica dois: pegue leve, tudo é muito bom, mas se tiver pedalando melhor pegar leve.
Terminei acompanhando o crepúsculo enquanto ao mesmo tempo aconteceu o perigeu da Lua. Tomamos mais umas cervejas e o domingo chegava ao fim com mais um baita pedal na conta da vida.

Por Antônio Sevilha © LOBi
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